Detalhes
Violão-aço C.F. Martin & Co SP/IN "D-28"
(VENDIDO)
Fundada em 1833, a Martin é a companhia mais tradicional do mundo quando se trata de violoes de cordas de aço, ou "flat-top acoustic guitars". A invenção dos violões para cordas de aço está intimamente vinculada à história da Martin nos EUA, e ela é responsável por desenvolver diversos dos modelos que hoje em dia são considerados os mais bem-sucedidos no universo da luteria desses violões, como o Orchestra Model (OM) e o Dreadnought, que são largamentee reproduzidos por fábricas e luthiers nas últimas décadas.
O modelo D-28 é o mais vendido da companhia, sendo usado em todo o mundo por músicos profissionais e amdores que buscam uma sonoridade grande, presente e com bons graves. A letra "D" se refere ao tipo de corpo, que é o Dreadnought, o maior corpo da Martin, com formato mais retangular, caixa profunda e larga. É um violão de peso, solidamente construído e que produz um timbre cheio e rico. É extremamente adequado para batidas, toque com palheta, com uma resposta firme, potente e encorpada. As madeiras são excelentes, com abeto sitka no tampo e jacarandá indiano de corte radial no fundo e laterais. O abeto sitka é um abeto bem denso, que dá boa resposta de agudos e resiste à tensão das cordas de aço. O jacarandá indiano é uma madeira que dá boa resposta de graves e equilíbrio. Escala de ébano e braço de madeira dura (neste caso, mogno) completam um quarteto tradicionalíssimo de materiais.
O timbre de um Martin é tão famoso que chega até a ser um adjetivo: timbre Martin, que quer dizer um som encorpado, com boa fundamental, resposta equilibrada de frequências, definição e certa doçura. A resposta é excelente, mantendo ainda nitidez e presença de agudos. Porém, como todo Dreadnought, é um violão com sonoridade com ênfase grave mesmo, mais voltado à fundamental, e com ressonância menos focada que violões de corpo menor. O D-28 é um violão "trabalhador", com ótima potência que afoga a maioria dos outros violões, baixos excelentes e uma resposta muito boa a ataques pesados de mão direita. Presença para uso em palcos e refinamento para gavações. É ideal para pop, baladas, bluegrass, country, sertanejo, rock tradicional e todos os gêneros que exijam um violão de acompanhamento presente e rico.
A tocabilidade é razoável, com braço em forma de C suave, arredondado (oval) e fino. O violão é feito para funcionar bem com cordas 0.12 ou 0.13, ou seja, com certa tensão, e regulado para suportar batidas mais pesadas. Assim, não é uma regulagem leve, mas considerando isso, a tocabilidade é acima da média. Pelo tamanho grande de corpo, nem sempre o braço direito fica bem acomodado, com o ombro ficando um pouco elevado ao tocar sentado, ao invés de em pé, com correia.
O acabamento é muito bom, com nitrocelulose como verniz, que é resistente a suor, mas ainda leve. Os detalhes decorativos são padrão 28 da Martin, com filetes e roseta estilo herringbone (espinha de peixe) no tampo, frisos brancos, escudo preto e palheta de jacarandá fosca na mão. Um clássico de bom gosto.
Conservação:
- estrutural: 5/5. Excelente estado, é um violão de qualidade de construção soberba.
- estética: 5/5. Excelente estado.
Resumo:
Pontos fortes: Potência, graves, resposta sem distorção à batidas mais pesadas. Timbre cheio e perfeito apra acompanhamento vocal.
Pontos fracos: Não tem tanta nitidez para estilo fingerstyle, tocabilidade razoável, mas não excelente.
Conclusão: É o violão de aço quintessencial. Se você toca com palheta, e precisa de um instrumento para palco, estúdio ou lazer particular, é difícil não cogitar um Martin D-28. Este modelo faz juz à sua reputação, e é o violão que acompanhou grandes artistas na história da música e praticamente definiu o que é um violão de aço hoje em dia. Talvez não seja tão adequado quanto um OM ou violões de corpo menor para estilo fingerstyle, mas para acompanhamento, e mesmo solos com palheta, é altamente recomendado. Potente, presente, de timbre belo, é o violão folk original.
Informações Adicionais
Especificações | Não |
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