Detalhes
Violão Clássico Irmãos Carvalho TS8 "Composite"
Os violões Composite são instrumentos cada vez mais em voga mundialmente, uma forma inovadora de construção, com tampo composto por diferentes materiais, a fim de produzir características físicas que resultam em maior volume e projeção. Esta tecnologia, também chamada de "double-top" quando um dos materiais do tampo composto é o Nomex, foi desenvolvida na década de 1980 pelo luthier alemão Matthias Dammann, e adotada por grandes concertistas como Manuel Barrueco, David Russell e Odair Assad.
Muitos dos maiores instrumentos do mundo hoje são Composites, inclusive os do luthier brasileiro Samuel Carvalho, e geralmente são instrumentos em faixa de valor bastante elevada, e com acesso restrito ao mercado da América do Sul.
O luthier Samuel Carvalho desenvolveu este modelo com vistas a disponibilizar esses excepcionais instrumentos de forma acessível financeiramente e geograficamente ao mercado latino-americano. Com a concepção de projeto e os tampos de autoria do Samuel Carvalho, e sua já famosa expertise mundial neste tipo de contrução, o resultado é um instrumento com nivel de concerto internacional, timbre vigoroso e responsivo, com volume ótimo, boa sustentação e projeção de longo alcance. O foco é o mercado latino-americano, e suas vendas serão exclusivas aos países que o compõem.
Os materiais são selecionados com excelente corte e propriedades acústicas. O fundo e laterais são prensados em camadas de Jacarandá, com objetivo de gerar maior rigidez de caixa e direcionar a energia sonora ao tampo. O tampo é de Cedro, estilo composite "double-top" (com camada central de Nomex). O braço é de Cedro e a escala é de Pau Ferro, elevada, 65 cm.
O Nomex é uma fibra sintética desenvolvida pela Dupont, com formato de favo de mel, para uso aeroespacial. Sua característica é propiciar uma grande resistência estrutural ao tampo, sem perder leveza, de forma a se obter um tampo mais responsivo, leve e vibrante.
A sonoridade do instrumento é vigorosa e muito potente. Possui som bastante encorpado, com timbre doce e boa sustentação. É uma sonoridade de um tampo de cedro, com presença, uniformidade tímbrica e calor. O ataque tende ao suave, com certo impacto, mas sem ser percussivo. Assim, a nota tocada transmite uma sensação de nitidez junto com a de maciez.
O violão responde muito bem ao toque, gerando bastante volume do som, e, além disso, projeta essa massa sonora de forma nítida, a distâncias de dezenas de metros. A perda sonora com a distância é relativamente pequena, e aliada ao volume, essa característica de projeção torna este instrumento muito adequado para palco.
Outro ponto bastante interessante é a sustentação, com as notas durando por um bom tempo tanto nos agudos como nos graves, em todas as posições. A tocabilidade é boa, com braço confortável, em forma de D suave, nem muito fino nem muito grosso, e cordas que reagem bem mesmo com altura mais próxima da escala. A fato da escala ser elevada facilita também o acesso a posições sobreagudas, e dá mais liberdade à mão direita, visto que as cordas ficam mais afastadas do tampo.
O verniz é o poliuretano, que propicia maior proteção contra riscos. A qualidade de acabamento de verniz e de montagem de filetes e junções não é o ponto forte desse modelo, apresentando certas imperfeições e desuniformidades estéticas nas madeiras em todos os exemplares. Mas pela Guitanda, tentamos selecioanr exemplares com o minimo de detalhes estéticos.
Condição:
- estrutural: 5/5. Excelente estado, é um violão novo.
- estética: 5/5. Excelente estado, é um violão novo.
Resumo:
Pontos fortes: Potência e projeção, gama dinâmica (desempenho nos pianos e nos fortes) e sustentação boas. Sonoridade encorpada da primeira à sexta corda. Tocabilidade boa. Instrumento de concerto a custo muito baixo. Retorno de som ao instrumentista muito fiel.
Pontos fracos: Resposta tímbrica boa, mas não excelente. Equilíbrio razoável entre casas. Acabamento.
Conclusão: Um violão excepcional na faixa de valor, nível de concerto. Não conhecemos nenhum outro instrumento, nessa faixa de valor, e mesmo muitos acima dela, com tamanho desempenho em potência, projeção e sustentação. Está pronto para usar em palcos, e é indicado a instrumentistas que busquem som encorpado, cheio, sustentação, muito boa tocabilidade e audibilidade por parte das platéias. Um instrumento que utiliza conceitos modernos como tampo composite, escala elevada e soundport, de forma a gerar um forte foco em desempenho ao vivo.
Sobre a captação opcional dBR Classical
A captação dBR Classical é um sistema moderno, passivo, que utiliza 4 sensores (transducers), fixados na parte interna do tampo, para capturar as mais variadas frequências do instrumento e produzir um sinal de alta fidelidade. Com este sistema, que captura as vibrações diretamente da madeira, entendemos que a sonoridade acústica do violão é traduzida de forma bastante natural, mantendo a qualidade de timbre em um sistema amplificado. Ela responde a toques fortes sem estourar, reproduz variações de timbre e vibratos, traz resposta equilibrada entre as cordas, permite amplificação de sons percussivos no corpo do instrumento e, mesmo não tendo a força de sinal de um sistema ativo, pode tranquilamente ser ligada diretamente à mesas e caixas de som sem necessidade de preamplificação. Devido ao fato de não haver nenhum elemento entre rastilho e cavalete, nem haver rasgos na lateral (pela ausência de preamp), o sistema interfere muito pouco na sonoridade acústica, e o violão pode facilmente ser revertido ao estado original ou receber outro sistema de captação. Por não necessitar de bateria, é um sistema prático e que gera economia ao longo do tempo. A captação dBR Classical é projetada especificamente para violões clássicos, e é produzida na dBR Acoustics por especialistas em sonoridade de violão e aprovada por músicos profissionais.
Após realizarmos extensivos testes, com resultados sempre melhores do que os diversos sistemas tradicionais, esta foi a captação selecionada pela Guitanda para os instrumentos Carvalho. Ela pode ser usada sem necessidade de preamp, ou em conjunção com um preamp externo para resultados mais particulares. Acreditamos que o sistema de sensores é o presente e futuro dos sistemas de amplificação de violões, sendo uma tecnologia muito superior aos sistemas de piezo e/ou de mic interno.
Mais informações em: https://www.dbrsound.com/
Informações Adicionais
Especificações | Não |
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